fundada em 27 de junho de 1949, como seccional de Ribeirão Preto da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, que tinha sede no Rio de Janeiro, RJ, então Capital do País. Foram seus fundadores Ex-Combatentes de Ribeirão Preto tendo seu primeiro presidente sido os Ex-Combatentes Osvaldo Hanna.
Depois de um período de intensa ação, suas atividades ficaram menos intensas, e sua tutela coube ao Ex-Combatente Emilio Calvino Mondi, até que em 1968, passou a constituir-se como Seccional de Ribeirão Preto e Região, trazendo a sua circunscrição, também, os Ex-Combatentes residentes na região de Ribeirão Preto, circunscritas pela 5ª CSM – Circunscrição do Serviço Militar, cujo chefe era o Comandante Militar na região, composta pelo norte paulista, até a divisa com Minas Gerais no Triangulo Mineiro e a Leste, com o Mato Grosso a Oeste e o Rio Tiete ao sul e uma linha imaginária do mesmo passando por Pirassununga, altura de Birigui, até encontro com a divisa com Minas Gerais.
Posteriormente, foi criada a Seccional de São José do Rio Preto, que incluía apenas a cidade, e esta foi excluída da região da seccional local.
Em 1980, chegou a Entidade Washington Barbosa, ex-militar na 5ª CSM, que tinha deixado as fileiras militares, e que fora convidado por Ex-Combatentes para trazer sua experiência de ativista no Terceiro Setor, para um processo de reestruturação administrativa da Entidade, processo que deu início de imediato, tornando a Entidade referência nacional na área.
Em 1981, a Entidade tornou-se autônoma, desligando-se da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, e adotando a atual denominação, e assim tem sido desde então. A preocupação primeira da Entidade era o amparo dos 597 Ex-Combatentes e suas famílias, marcando importante participação na Assembleia Nacional Constituinte de 1988 e na garantia na nova Constituição de 1988 de reconhecimento dos direitos aos Ex-Combatentes, até então muito negligenciados, e a partir daí todos os Ex-Combatentes de Ribeirão Preto e Região, vivos e as famílias dos falecidos foram, enfim, amparados, com ação direta da Associação.
Em 1980, ocupava um espaço no imóvel na Rua Alvares Cabral, junto com outras repartições municipais, até que em novembro passou a ocupar imóvel locado pela Municipalidade na Rua Visconde do Rio Branco. Neste local, se deu início ao piloto de implantação do Museu Municipal da II Guerra Mundial “Expedicionário José Vivanco Solano”, com acervo arrecadado de associados e que tinha sido reunido pela Cap. Enfermeira Altamira Pereira Valares, de Batatais, SP, que foi emprestado para Ribeirão Preto, até que retornou àquela cidade para constituir mostra no Tiro de Guerra de Batatais, SP.
Em 1988, foi cedido a Associação um imóvel Municipal antigo, sito a Rua Liberdade. A Associação tinha duas preocupações, constituir de forma permanente o Museu e garantir sua perpetuação para além dela própria, pois não renovava seu quadro associativo, por questões naturais, e precisava de uma sucessora. Assim, nasceu, em 1991, o convênio de parceria e sucessão entre a Associação dos Ex-Combatentes e a Associação dos Militares e Oficiais da Reserva – AMOR, que passou a sediar junto, no mesmo prédio cedido pela Municipalidade, e juntas assumiram o compromisso de criar e instalar o Museu da II Guerra Mundial, e mantê-lo funcionando perenemente.
Por força de lei municipal de 2.000, proposta pelo Prefeito Municipal, o imóvel da Rua Liberdade teve autorização de doação as duas Entidades, com cláusula de consolidação a outra, em caso de uma delas ser extinta, e duas empreitadas foram assumidas, a partir de então, construir um prédio próprio no imóvel doado, por esforço conjunto e paritário das duas Entidades, e nele instalar o Museu, que foi municipalizado, em gestão compartilhada parceira entre as Entidades e a Secretaria Municipal da Cultura, a partir de 1996. O acervo existente foi ampliado, por material doado pelas Forças Armadas e por Ex-Combatentes e suas famílias, e que constitui o acervo atual do Museu. O Edifício “Oito de Maio”, foi inaugurado em 08 de maio de 1998, e nele foi instalado o Museu. Na mesma época foi implantada a Praça dos Expedicionários Brasileiros, o Monumento aos Ex-Combatentes da II Guerra Mundial, criado em 1981 e criada a Semana do Expedicionário. O Ex-Combatente Vicente Diogo de Oliveira, junto com outros colegas, foi o baluarte nessa luta pela construção do prédio e implantação do Museu, luta de 1992 a 1998.
Os Ex-Combatentes de Ribeirão Preto e Região, e as viúvas dos falecidos, enquanto puderam, tiveram participação ativa na sua associação regional, encontrando-se tradicionalmente em todas as tardes das quartas-feiras, garantiram as comemorações anuais referentes a participação brasileira e aliada na II Guerra, sempre na perspectiva de valorização dos ideais de paz, liberdade e democracia, e não de apologia à guerra, tanto em Ribeirão Preto, como em cidades da Região, e implantação de Monumentos naquelas cidades que tinham número mais expressivo de Ex-Combatentes ali nascidos ou radicalizados.
Em reforma administrativa no ano de 2021, a Secretaria Municipal da Cultura e do Turismo, passou a ter participação ativa na gestão compartilhada e parceira do Museu, junto com a Associação dos Militares e Oficiais da Reserva de Ribeirão Preto e Região, e a Associação dos Ex-Combatentes, deu início ao seu processo de extinção, atualmente andamento, considerando o falecimento da maioria dos Ex-Combatentes e suas viúvas, e a condição de centenários e problemas de saúde que dificultam a mobilidade, dos poucos remanescentes, missão que tem sido tarefa de Washington Barbosa, gestor institucional da Entidade, nos últimos 42 anos, que sempre se manifesta cumpri-la, com a certeza do “dever cumprido”.
por Washington Barbosa
Na Foto :
João Elizário Mazer
Augusto Pires
Severino Jordão de Andrade
Vicente Diogo de Oliveira
José Esperança
Elizário Alves de Oliveira
Gal. Mario Sérgio
Dr. Faustino
Francisco Postigo Filho
Felipe dos Santos
Ambrosio dos santos Filho